Os evangélicos foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil
no período entre os censos de 2000 e 2010. Segundo os números divulgados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta
sexta-feira, em 2000, os evangélicos representavam 15,4% da população.
Em
2010, com um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões
para 42,3 milhões), chegaram a 22,2%. Em 1991, este percentual era de
9,0% e em 1980, 6,6%.
De acordo com o Censo, a proporção de
católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas
anteriores, embora permaneça majoritária. Em paralelo, consolidou-se o
crescimento da população evangélica.
A pesquisa indica também o
aumento do total de espíritas, dos que se declararam sem religião, ainda
que em ritmo inferior ao da década anterior, e do conjunto pertencente
às outras religiões.
No questionário feito pelo Censo 2010, os
evangélicos foram divididos entre evangélicos de missão - luteranos,
presbiterianos, metodistas, batistas, congregacionais, adventistas etc.
-, evangélicos pentecostais - Assembleia de Deus, Igreja do Evangelho
Quadrangular, Igreja Universal do Reino de Deus, Maranata, Nova Vida,
entre outras - e igrejas evangélicas não determinadas.
Dentro do
crescimento de 15,4% para 22,2% do números de evangélicos, os
pentecostais foram os que mais cresceram: passaram de 10,4% em 2000 para
13,3% em 2010.
Também foi observado aumento expressivo do
segmento da população que apenas respondeu ser evangélica, não se
declarando como de missão ou de origem pentecostal: de 1% para 4,8%.
Já
a parcela da população que se declarou evangélica de missão teve
ligeira redução proporcional, caracterizando estabilidade em sua
participação relativa no total da população: de 4,1% para 4,0%.
Ainda
segundo os dados do Censo 2010, os evangélicos tem perfil jovem. Os
pentecostais eram mais jovens, com uma idade média de 27 anos e os de
missão, 29 anos. A maioria dos evangélicos também se identificou como de
cores parda (45,7%) e branca (44,6%).
A comparação da
distribuição por rendimento mensal domiciliar per capita entre todas as
religiões revelou que os evangélicos pentecostais são o grupo com a
maior proporção de pessoas concentrados na faixa até 1 salário mínimo
(63,7%), seguidos dos sem religião (59,2%).
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