.Por Dr. David Murray
O nosso inimigo diz: "A juventude é para o prazer; a meia idade, para os
 negócios; e a velhice, para a religião". A Bíblia diz: "A juventude, a 
meia idade e a velhice são para o seu Criador".
No entanto, visto que é especialmente na juventude que somos mais 
inclinados (determinados?) a esquecer-nos de nosso Criador, é nestes 
anos que temos de labutar, especialmente, para lembrar-nos de nosso 
Criador (Ec 12.1). Lembre que ele fez você, supre as suas necessidades, 
cuida de você, o assiste e o controla. Lembre também que ele pode 
salvá-lo. Há muito a ser lembrado, mas isso se torna mais fácil quando 
você começa a memorizar quando é jovem!
1. Anos de vigor
Entretanto, essa não é a única razão por que Deus nos ordena lembrar-nos
 do Criador nos anos de juventude. Ele nos manda isso porque a juventude
 são os anos de nosso maior vigor.
Por que devemos esperar até que estejamos morrendo, até que estejamos 
esgotados, até que nosso vigor esteja quase acabado para servirmos ao 
Criador? O Deus que nos criou merece nossos anos mais saudáveis e mais 
ativos: nosso corpo está forte e robusto, nossa mente é perspicaz e 
clara, nossos sensos são receptivos, aguçados e responsivos, nosso 
entusiasmo é brilhante e firme, nossa vontade é determinada e pertinaz. 
Lembre-se do Criador em seus anos vigorosos.
2. Anos de sensibilidade
Usemos nossa sensibilidade e receptividade juvenil para lembrar-nos de 
nosso Criador antes que cheguem os dias maus da indiferença insensível.
3. Anos de aprendizado
Aprendemos mais em nossa juventude do que em qualquer outro período da 
vida. Isso é verdadeiro em todos os assuntos, mas é especialmente 
verdadeiro na instrução religiosa. Todos os cristãos conhecidos meus que
 se converteram a Cristo nos anos tardios de sua vida expressam profunda
 tristeza a repeito de quão pouco eles sabem e quão pouco podem aprender
 em sua idade. Encorajo-os a valorizarem e usarem todo tempo que o 
Senhor lhes dá, mas eles sentem, muitas vezes, que têm de estudar duas 
vezes mais para aprenderem apenas a metade.
4. Anos de perigo
Os anos de juventude são anos cheios de campo minado: hormônios, pressão
 dos colegas, álcool, drogas, pornografia, imoralidade, testosterona, 
etc. Poucos atravessam esses anos sem explodir aqui e ali. Perigos são 
abundantes em todos os lados – e no lado de dentro. Quantas "primeiras" 
tentações se tornaram "últimas" tentações! Quanto precisamos de nosso 
Criador para guardar-nos e conduzir-nos através desse campo de batalha.
Lembre-se de lembrar
Gostaria de oferecer-lhe algumas dicas que o ajudarão a lembrar seu Criador durante estes melhores anos (e "piores" anos):
- Convença-se de que você tem um Criador. Mantenha-se bem alicerçado num entendimento literal de Gênesis 1-2 e rejeite todas as influências evolucionárias.
- Procure conhecer o seu Criador: estude sua Palavra, usando sermões, comentários e bons livros. Mas também estude sua Palavra usando microscópios, telescópios e outros instrumentos que ele dá.
- Reúna-se com seus amigos do Criador: estabeleça amizades com outras criaturas que amam lembrar e respeitar o seu Criador.
- Siga a ordem do seu Criador: ele estabeleceu e deu um padrão de seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso, para contemplação de suas obras.
- Peça a salvação que seu Criador proveu: ainda que a sua rejeição de seu Criador tenha despedaçado sua vida, ele está disposto a recriar você à imagem dele.
E, enquanto falamos do assunto de salvação, não quero que os leitores 
mais velhos sintam-se desencorajados. Comparados com as eras da 
eternidade, vocês ainda estão em sua "juventude". Não é tarde demais 
para lembrarem-se dele, antes que os dias maus se aproximem cada vez 
mais.
- Sobre o autor: Dr. David Murray é professor de Antigo Testamento e de Teologia Prática.
 Murray é nascido em Glasgow, na Escócia, onde foi ordenado ministro 
evangélico. Obteve seu doutorado em ministério pelo Reformation 
International Theological Seminary. Atualmente é um dos catedráticos do 
PRTS, nos EUA. Murray é casado com Shona, com quem tem quatro filhos.
Tradução: Wellington Ferreira
Fonte: [ Editora Fiel ]
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário