Por Renato Vargens
"Pastor, eu estou gostando de uma menina, o problema é que ela não é
cristã. Eu sei que ela gosta de mim, também sei que a Bíblia não
aconselha o namoro entre crentes e incrédulos. A minha dúvida é a
seguinte: "Deus não pode usar o meu namoro para a conversão dela?"
Obrigado,
Carlos Augusto (nome fictício)
Prezado Carlos Augusto,
Vamos por partes. Primeiramente gostaria de ressaltar afirmando que o jugo desigual é bíblico. "Não
vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade
tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E
que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o
infiel?" II Co 6:14. Para o reformador João Calvino, o jugo desigual
era nada menos que manter comunhão com as obras infrutíferas das trevas
e estender-lhes a destra de companhia. Em outras palavras isto
significa estar ligado ao mesmo tempo, lado a lado na mesma canga. É a
metáfora dos bois ou cavalos que têm de andar juntos, desfrutando das
mesmas práticas, porque estão presos na mesma canga.
Em segundo lugar namoro não pode ser usado como método de evangelismo.
Na verdade, ouso afirmar que praticamente todos aqueles que enveredaram
por esse caminho acabaram laçados pelo pecado. Ora, evangelizar não é
dar beijos, abraços, afetos e carinhos a outra pessoa. Do ponto de vista
bíblico, evangelizar é proclamar a verdade de que a única maneira do
homem se salvar da morte eterna é arrependendo-se dos seus pecados,
confessando Cristo como único e suficiente Salvador.
A experiência pastoral me mostra que todos aqueles que optaram por esse
caminho tropeçaram nos laços de satanás levando-os por conseguinte a
uma vida distante de Deus.
Pense nisso,
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